Ampliação do Esquema

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8.1 - CENÁRIOS ARQUETÍPICOS

É verificável que num JULGAMENTO quanto maior a SEPARAÇÃO (a DESUNIÃO) entre réu e vítima, mais próxima a decisão e que numa BATALHA quanto maior a UNIÃO dos soldados mais próxima a vitória, de onde o arquétipo JULGADOR – e em decorrência o animal de caractere J – é exímio na prática do verbo separar e o CONDUTOR – e por tabela os animais de caractere C – na do unir.

Cenários Alrquetipicos - Ampliação do Esquema

8.2 - SUÍNOS

Suínos - Ampliação do EsquemaO porco está na horta!

O quê o motiva a revirá-la em cinco minutos? Certamente que não é por maldade que ele assim age. Na visão dos Antigos, o motivo profundo, o que está por trás de todos os demais, é a necessidade de SEPARAR as coisas, de destacar umas das outras: os pés de alface e couve, da terra fofa; o bambu que serve de arrimo aos canteiros, do solo ... Neste pequeno universo, nada lhe escapa. A sua curiosidade audiovisual, direcionada à detectar separações, diferenças, é imensa. O ambiente é esmiuçado, seccionado em partes, pedaços.

Atente para o comportamento de um porco ante as alternativas abaixo ...

De um lado, uma bacia com milho debulhado e do outro, uma com espigas em estado bruto. Qual das refeições será a preferida? Apesar da facilidade que a primeira oferece, a tendência dos suínos é se encaminhar para a segunda, a que lhes dá o prazer instintivo de exercerem o verbo SEPARAR (a palha da espiga, os grãos do sabugo)!

8.3 - PARENTESCOS

Parentesco - Ampliação do Esquema

Ao observar a classificação acima, do seu intelecto pode surgir a pergunta: mas qual o parentesco de porcos com AVES? ... Por acaso o leitor assistiu ao filme BABIE* e reparou, em uma das cenas finais, na leveza do andar do principal personagem? Os pés quase não tocam na grama!

É a graça do corpo NÃO-DECIDIDO, o pisar imparcial, suave. O tato também é 'pêlo com pêlo', tipo-AVE. É por isso que os porquinhos não gostam de ser tocados sem mais nem menos. Observe o berreiro que fazem! ... Quanto ao modo de olhar, uma das cenas mais belas de atenção visual - pergunte às pessoas da roça - é a de uma porca se deitando para amamentar seus filhotes! Cuidadosa, ela não perde um detalhe.

E a família SUÍNA é numerosa: catetos, porcos do mato, javalis, queixadas ...

Amigo-internauta, em oposição aos suínos, você seria capaz de citar uma população animal igualmente divertida, mas de corpo DECIDIDO?

* Produzido pelos estúdios da Walt Disney, ano...

8.4 - ESQUILOS

Esquilos - Ampliação do EsquemaNote a desinibição do incrível esquilo ao saltar de árvore em árvore, na rapidez como se joga por entre as folhagens ou se arrisca nas paredes do canil! As unhas aguçadas são uma primeira explicação, mas aparente. Pelo esquema apresentado o principal motivo, o que atua por trás de todos os demais, é o corpo DECIDIDO, marca registrada do COMTE IDEAL! Outros atributos do arquétipo são visíveis no animal: o nariz avançado, a visão agitada que desconsidera pormenores, caso contrário não saltaria com tanta rapidez, ... o corpo irrequieto. Observe-o se anunciando ao longe: seus guinchos estridentes e a cauda longa como a de um cometa, não deixam dúvidas: "eu quero ser visto e ouvido!"

Sendo silvestre, ele dá suas paradinhas, desconfia, mas isso é cultural! O seu prazer mesmo é quando se aproxima ...

E esquilos são RATOS, ratos são esquilos! Muitos outros bichos pertencem à mesma família: castores, capivaras, ratos do banhado, da Mongólia ... E atenção: coelhos são do outro lado! Avessos à exibição corporal, não se expõem, se escondem!

8.5 - SÍNTESE

FELINOS, EQUINOS e SUÍNOS são mamíferos de planos corporais diferentes entre si. O corpo de um gato é diverso do de um cavalo, de um porco. Pela observação que estamos fazendo, no entanto, os três planos são orientados pelo mesmo caractere direcionador J, 'possibilidades formais' do instinto JULGADOR. Já os corpos CANINOS, BOVINOS e dos ESQUILOS, são variantes do mesmo instinto elementar, o CONDUTOR, três geometrias impulsionadas pelo gene C.

Síntese - Ampliação do Esquema

8.6 - JOVITA

Jovita - Ampliação do EsquemaJovita é a jumenta da Estação Experimental Sítio Santo Antonio (local onde o autor convive com os animais que participam deste trabalho).

Se a refeição demora, ela chora. O choro é discreto, partido, como o som de um fole. Atendido o seu pedido, ela se aproxima, uma passada por vez ... e em seguida expira o ar dos pulmões bem em cima do punhado de milho! O resultado? Os grãos que estavam juntos se separam. Certamente que os ajuntamentos não lhe agradam!

A refeição é demorada porque ela vê e ouve o que come. É um grão aqui, outro ali, uns poucos acolá ... A Jovita chega ao desplante de seccionar um único grão na boca! Por este ponto e provavelmente afeito a explicações puramente fisiológicas, o seu intelecto dispara "mas a arcada dentária da Jovita foi feita para cortar!"

Com base nas observações expostas, não será mais sensato afirmar que o desplante da Jovita se deve a que o seu corpo, tanto em seus atributos físicos (inclusive bucais, como a arcada dentária), quanto nos comportamentais( a amizade com o dono é construída aos poucos, de parte em parte e não de um dia para o outro), é impulsionado pelos verbos PARTIR, PARTICULAR, SEPARAR e estes, por sua vez, estão na essência do JULGAR?! Observemo-la no Sítio. Altiva e independente como um JUIZ, ela não se mistura com os demais animais. Ao contrário da Nina, a cadela pastora-husky amiga de todos, a JOVITA faz questão de ser amiga de poucos!

Jovita - Ampliação do Esquema

8.7 - CONCLUSÃO

A observação dos aspectos sensoriais focalizados - os modais primários - indica que no Processo Evolutivo das populações animais investigadas, ... ao lado dos mecanismos das MUTAÇÕES ALEATÓRIAS e da SELEÇÃO NATURAL, atua um outro, o da OPOSIÇÃO SENSORIAL. E por este, os animais do esquema se dividem em OBSERVADORES e OBSERVADOS.

Conclusão - Ampliação do Esquema

8.8 - A VASTIDÃO DOS ESPECTROS

Ao acompanharmos a vida animal ficamos chocados com a diversidade que envolve cada espécie, cada população. Vide a dos FELINOS: dos grandes aos pequenos, dos selvagens aos domésticos, o espectro é vasto. Estes últimos, por sua vez, variam do falante siamês ao introspectivo persa. Mas apesar de suas diferenças, todos possuem aspectos sensoriais comuns (os modais primários): o olhar que particula, que converge para a parte, que individualiza, ... a sensorialidade motora elástica, a fisiologia 'partida', ... a fonação discreta, descontínua, ... o tato 'pelo com pelo', que evita o contato ao primeiro encontro, etc. E o interessante é que estes atributos também se manifestam nos corpos equinos e suínos.

A vastidão dos aspectos - Ampliação do Esquema

E o exposto se extende aos paradigmas. Apesar da espantosa diversidade do mundo dos répteis e das aves, todos os planos corporais dos primeiros (das serpentes aos lagartos) são direcionados pelos sentidos do OLFATO/FONAÇÃO (corpos de ímpeto olfativo/fonatório) e os dos segundos(dos beija-flores aos abutres) pela VISÃO/AUDIÇÃO (corpos de ímpeto audiovisual). Exceções existem, mas são casos limites em seus respectivos espectros, adaptações ditadas pela necessidade de sobrevivência.

A vastidão dos aspectos - Ampliação do Esquema

Apesar de sabermos que à cada diversidade ordenada, corresponde uma síntese, o nosso prazer intelectual nos atrai para a análise. Somos seres analíticos. Por isso vale repetir: a nossa busca pela DIFERENÇA ANIMAL-HOMEM NO DNA, é um trabalho, a princípio, de síntese fenotípica. Precisamos nos apoiar num PLANO DE OBSERVAÇÃO que nos possibilite - sem ambiguidades - verificar caracteres linguísticos comuns. Neste contexto, pois, é um contra-senso não utilizarmos os rastros deixados pelo conhecimento Ancestral, afinal este saber prioriza justamente a SÍNTESE.

E para tirarmos maior proveito deste auxílio, basta abrirmos nossas mentes para os fatos que estão por trás da lúdica linguagem dos Antigos.

8.9 - GENERALIZAÇÃO

O bom senso indica que o esquema sensorial focalizado não se restringe às seis populações investigadas, mas se estende aos demais mamíferos, ... ou será que a sensorialidade modal primária, ou seja, o fato de uns serem J e outros C, é exclusivo a felinos, equinos, suínos, caninos, bovinos e esquilos?!

Apesar do título, o texto não é de Biologia e a explicação é simples: antes de ser um fenômeno biomolecular, o DNA é um evento LINGUÍSTICO e este aspecto é o que nos interessa, de onde o material é acessível a todos os interessados.